Neste blob são apresentadas diversas informações ténicas e curiosidades a respeito da Lemavos e seus produtos.

 

O que é mel de cacau?

Antes de explicar o que é o mel de cacau, precisamos falar um pouco do cacau e seu principal produto: o chocolate. O chocolate é feito a partir da amêndoa do cacau. Esta amêndoa, quando in natura, é coberta por uma polpa branca. Esta polpa branca, se raspada, dá origem à polpa de cacau. Mas se a amêndoa for levemente prensada  de forma a não quebrar as amêndoas sairá um caldo sem as fibras brancas presentes na polpa. Este caldo branco é o mel de cacau. O licor Brazeiro de mel de cacau é obtido da agricultura familiar, sendo extraído por criteriosos processos que atendem aos padrões de higiene. Quer saber um pouco mais sobre o chocolate? Leia abaixo.

O que é cacau em pó, chocolate e achocolatado?

Após colhido, o cacau é cortado e suas amêndoas separadas da casca. A amêndoa in natura do cacau é coberta por uma camada branca que dá origem à polpa do cacau e ao mel do cacau. Esta camada branca irá promover primeiro a fermentação alcoólica da amêndoa e depois a fermentação acética. Após esta etapa, a amêndoa passa por alguns processos, dentre eles a torra e moagem, dando origem ao cacau em pó. Este é misturado com diversos ingredientes, como leite, maltodextrina e outros para reduzir os custos, dando origem ao chocolate. Uma mistura com menor concentração de cacau em pó do que a do chocolate dá origem ao achocolatado. O licor Brazeiro de chocolate apresenta alto teor de cacau em pó, conferindo um leve amargor, o qual é equilibrado com o leite condensado.

Cachaça ou álcool para fazer o licor?

A palavra “álcool” faz referência a uma classe de compostos orgânicos. É resultante da fermentação de açúcares pelas leveduras. O álcool que nós ingerimos é o etanol (sim, o mesmo que o carro “bebe” rsrsrs). Ele está presente em todas as bebidas alcoólicas. Portanto, se o licor for feito com cachaça, com vodca ou com “álcool”, será utilizado o mesmo “álcool”: o etanol. A diferença é que, na cachaça, cerca de 40% é etanol, 58% é água e os outros 2% são os compostos voláteis, que dão o cheiro peculiar à cachaça. Já no “álcool”, os compostos voláteis presentes na cachaça estão praticamente ausentes. O chamado álcool de cereais é, na verdade, o mesmo etanol produzido a partir de algum cereal (milho, cevada, etc.). Mas qual é o melhor para fazer o licor? Nós do licor Brazeiro preferimos usar o etanol neutro porque permite ressaltar os aromas do licor.

Todo doce de leite é igual?

Do leite in natura é retirado cerca de 30% da gordura formando as matérias-primas para o leite integral, manteiga e creme de leite. A partir do leite in natura outros produtos podem ser fabricados como o queijo e o iogurte. Deste processo ainda sobra o soro do leite, rico em whey protein. E também é possível fazer o caminho inverso: juntar as diversas partes separadas e reconstituir o leite. O problema é que, quanto mais o leite in natura é manipulado menor é a sua qualidade. Daí, é possível fazer o doce de leite partir do leite in natura ou do leite processado. É possível ainda utilizar espessantes para diminuir a quantidade de leite utilizando e assim, reduzir os custos. O licor Brazeiro utiliza um doce de leite feito a partir do leite in natura, garantido um licor de qualidade superior.

Espessantes. O que é?

Os espessantes formam um conjunto de insumos utilizados na indústria alimentícia com o objetivo de tornar um determinado produto espesso (mais cremoso). Com eles, é possível reduzir a quantidade de ingredientes nobres de um produto e por consequência, reduzir os custos de fabricação. Isso dá a impressão que o produto é concentrado. Por exemplo, na receita de um licor é possível reduzir a quantidade de leite condensando e compensar a perda de cremosidade com a adição de espessantes. Obviamente que a redução do leite condensando irá diminuir também o sabor e cor, o que pode ser compensando também com a adição de essências e corantes (em breve falaremos sobre eles). Dentre os espessantes mais comuns utilizados no mercado estão a gelatina, goma guar, o amido e a goma xantana. Para saber se um produto leva algum espessante em sua composição, basta ler a lista de ingredientes. Nós, dos licores Brazeiro, prezamos por manter a integralidade dos produtos, preservando assim o produto de forma mais natural possível.

O uso do álcool, no lugar da cachaça, deixa o licor amargo?

Não. Já abordamos num tópico anterior que a diferença entre o álcool da cachaça e o álcool etílico potável é, bem, nenhuma rsrsrrs. Na verdade, o álcool etílico pode apresentar um leve sabor adocicado em decorrência da presença de ésteres, de açúcares não fermentescíveis e/ou de açúcares fermentescíveis, mas que não foram fermentados. A fama de que o álcool etílico vendido em farmácias e supermercados é amargo decorre da adição do benzoato de denatônio, a substância mais amarga do mundo. Sua adição tem como objetivo desestimular a ingestão destes álcoois. Logo, o álcool vendido nestes locais não é potável. Bom, lembrando que uma bebida amarga não desestimula a todos, do contrário não existiram marcas como Campari, Jägermeister e as cervejas.

Por que os licores Brazeiro do mesmo sabor apresentam colorações diferentes?

Imagine que você está comprando um whisky e ao chegar na prateleira, verifica que existem duas garrafas da mesma marca e mesmo tempo de envelhecimento, mas com coloração diferente. Estranho, não? Mas é isso o que ocorreria caso esta bebida não tivesse adição de corante. Sim, mesmo o whisky mais caro tem corante artificial. Isso porque o carvalho, que doa cor naturalmente a esta bebida, tem variações e assim a bebida precisa ter sua cor padronizada por meio de corantes artificiais. É como a laranja: algumas são mais amarelas e outras menos. Consequentemente, os licores feitos de laranja apresentarão tons mais ou menos amarelos. E apesar dos corantes terem como objetivo alterar a cor, ele acaba interferindo, mesmo que suavemente, no aroma da bebida. Neste sentido, a proposta dos licores Brazeiro é deixá-los o mais natural possível de forma a ressaltar os aromas naturais. Por isso que apresentam leves variações de cor de um lote para o outro.

Licores do Recôncavo

No Recôncavo da Bahia ocorreram diversos eventos históricos relevantes para o Brasil. Dois exemplos mais notáveis foi o surgimento do samba, no qual o licor Brazeiro de jenipapo faz uma homenagem, e a luta de independência da Bahia, em 2 de julho de 1822. Ressalta-se que a independência da Bahia ocorreu antes da independência do Brasil. O nome “recôncavo” vem do formato que a Baia de Todos os Santos dá à região. Baia esta que foi nominada pelo geógrafo Américo Vespúcio, por ter sido encontrada no dia 01 de novembro de 1501, dia de todos os Santos. Américo Vespúcio fazia parte da expedição liderada por Gaspar de Lemos, família Lemos originária dos Lemavos.

O primeiro ciclo econômico do Recôncavo foi a produção de cana-de-açúcar ainda durante as capitanias hereditárias. Em seguida surgiu a produção de fumo. Nesta época, alguns produtores de fumo produziam licores para dar de presente aos clientes. Ao longo do tempo, a produção de licores foi se incorporando à cultura local, se associando principalmente aos festejos juninos.

É neste contexto que surge a Lemavos com os licores Brazeiro. E para contribuir para o desenvolvimento da cultura do Recôncavo, a Lemavos liderou diversas pesquisas científicas para profissionalizar a produção de licores. Muitas destas pesquisas estão "dentro dos licores Brazeiro", ao incorporar tecnologias da produção de vinhos adaptadas à produção dos licores. Outras pesquisas, no entanto, não é possível beber (é uma pena...). Então compartilhamos para todos terem acesso (abaixo). Viva São João!

Manual para obtenção de registro de produto e informações obrigatórios para rótulo de bebida álcoolica por mistura

Qualificação da mão de obra da cadeia produtiva de aguardente e outras bebidas destiladas do Recôncavo da Bahia: uma análise a partir dos dados da RAI

Indicação de Procedência: potencial do Recôncavo a Bahia no reconhecimento da produção artesanal de licores de frutas

Indicações Geográficas como estratégia para o desenvolvimento regional

Responsabilidade Socioambiental da Lemavos

Nós da Lemavos temos consciência dos impactos ambientais que a nossa atividade gera. Temos a consciência também que uma empresa precisa ir além de produzir licores de excelência, precisamos ter compromisso com a sociedade. É por isso que fazemos as diversas ações que listamos abaixo:

Mudas de árvores

Entregamos mudas de árvores com tutores para a Prefeitura de Santo Antônio de Jesus (BA). Além disso, mantemos uma política permanente de doação de mudas para arborização de condomínio e vias públicas. Quem quiser receber mudas e tutores, basta entrar em contato conosco pelo email <[email protected]> ou pelo whatsapp +55 71 9 9996-2332. Será um prazer ter mais um parceiro nesta ação.

Compostagem dos resíduos

Todos os resíduos das frutas utilizadas na fabricação dos licores passam pelo processo de compostagem. A terra gerada desta compostagem é utilizada para recuperar áreas degradadas e doada.

Doação dos materiais recicláveis

Os materiais recicláveis provenientes da produção, como plásticos, papel, papelão, metais e outros são doados para pessoas que fazem reciclagem de resíduos. Poderíamos vender estes materiais e pedir para os compradores irem buscar, mas preferimos doar e levar até eles para incentivar o fantástico trabalho que essas pessoas fazem. Esta ação, somada à compostagem dos resíduos, produz um excelente resultado: a Lemavos gera menos lixo não reciclável do que uma família de três pessoas.

Reuso de garrafas

Através de parceiros, recolhemos as garrafas para reuso na linha de produção e ainda damos desconto! Confira abaixo os parceiros que são pontos de recolhimento:

- Bolo das Meninas (todas as unidades)

- Bahia Bebidas, Pituba

Estamos expandido os parceiros nesta ação.

Patrocínio a eventos

Nós acreditamos que nossa alimentação diária precisa evoluir de produtos altamente industrializados para o mais natural. Neste caminho, a ciência é fundamental. Já patrocinamos diversos eventos científicos alinhados à nossa filosofia. Preferimos, especificamente, eventos organizados por alunos para incentivar o empreendedorismo desde cedo. Contribuímos para estes eventos também com apresentação de palestras, estudos de caso, painéis e outras contribuições. É sempre prazeroso trocar experiências desta forma.

Produções científicas

A equipe da Lemavos produz continuamente diversos materiais científicos relacionados à sua atividade. O objetivo é contribuir para o desenvolvimento da cadeia de produção de licores, desde a agricultura familiar até as redes varejistas. Estes trabalham fortalecem também a cultura regional. Optamos por publicá-los sempre em meios com acesso gratuito. 

Outras ações

Sempre que possível, escolhemos fornecedores alinhados com a nossa filosofia. Muitos deles são cooperativas e da agricultura familiar.

Damos preferência ao etanol ao abastecer nossos veículos porque este combustível, além de ser renovável, sua queima gera vapor de água como resíduo. Mantemos nossos veículos com a manutenção sempre em dias para que o consumo de combustível e a emissão de gases poluentes sejam mínimos.

 

Selo da Agricultura Familiar

Quando pensamos em licor, lembramos das festas juninas e os encontros com familiares e amigos. Mas há uma parte dessa história que poucos sabem: a agricultura familiar. Parte considerável da matéria-prima vem dela. Muitos desses produtores residem em locais de difícil acesso e não tem veículos para levar seus produtos para vender na cidade. Para isso, usam ônibus coletivos, pau-de-arara ou animais de carga para transportar seus produtos. Mesmo quando contam com ônibus coletivo da zona rural, precisam carregar centenas de quilos de sua residência até a estrada onde passam esses veículos. Essa dificuldade limita o transporte de produtos e consequentemente, diminui a renda. Ou seja, o produtor vende pouco não porque produz pouco, mas porque não consegue transportar o que produz até a cidade. E quando chove, a situação piora.

 “Já conhecíamos essa realidade. Meu avô passou anos da vida dele carregando farinha de mandioca no lombo de animal da zona rural da Cacimba, em Santo Antônio de Jesus, até Nazaré”, afirma Diego Lemos, produtor dos licores Brazeiro. As estradas precárias somadas ao período de chuvas na região do Recôncavo da Bahia que ocorre exatamente no período junino dificulta ainda mais o acesso. “Às vezes, preciso dar uma volta de 10km em estrada de chão somente porque um mata-burro está quebrado, ou porque um lago transbordou e encobriu a estrada. Se é difícil para mim, imagine para esses pequenos produtores”. Esta realidade contrasta com a idealização que muitos de nós construímos sobre a vida no campo, associando a uma vida perfeita e em harmonia com a natureza. “A lida da agricultura familiar não é fácil, mas me deixa muito feliz em saber que posso contribuir para melhorar essa realidade. É por isso que para mim, a parte mais emocionante da produção de licor é se relacionar com a agricultura familiar”.

Ele dá alguns exemplos disso. Em uma das famílias, conta que eles têm conseguido comprar bezerros a partir do dinheiro da venda das frutas para a produção do licor. Essa mesma família investiu em capacidade de refrigeração e equipamentos para melhorar a extração do mel de cacau, insumo este que antes era quase todo descartado. Em outra família, conta também que tem visto os filhos retornarem à zona rural. “É o exemplo típico que ocorre na agricultura familiar: são dois idosos com mais de sessenta anos que ainda não se aposentaram e que moram sozinhos na zona rural porque os filhos saíram do campo para a cidade em busca de uma vida melhor, mas quando o campo consegue oferecer melhores condições de vida, esses filhos voltam para o campo”. Mas não é só dinheiro que o licor Brazeiro leva para agricultura familiar, é orientação técnica também. “Com financiamento do CNPq, nós fizemos um estudo detalhado sobre a produção de algumas frutas e levamos este conhecimento ao produtor rural porque um bom licor começa com uma boa fruta”. São relações como esta que o selo da agricultura familiar visa reconhecer e valorizar.

O Selo da Agricultura Familiar é fornecido e gerenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para produtos que são produzidos ou que utilizam insumos produzidos pela ag

ricultura familiar. O processo de obtenção do selo é feito por meio de auditoria de notas fiscais e exige um volume mínimo de compras anuais para obter e manter o selo.

O licor Brazeiro é o primeiro e até o momento o único licor do estado da Bahia a conquistar este selo. “Para nós é muito importante esta conquista porque deixa claro para o consumidor que nosso compromisso vai além de simplesmente fabricar licor. Sentimos muito orgulho em saber que contribuímos para o desenvolvimento da agricultura familiar”, finaliza Diego Lemos, acrescentando que a empresa faz parte do Programa de Exportação da APEX e que este selo ajudará na entrada do produto no mercado externo. “Em muitos países europeus, há uma valorização de produtos oriundos da agricultura familiar e este selo é um importante degrau rumo à exportação. Sempre que um consumidor leva um licor Brazeiro para casa, leva também desenvolvimento a agricultura familiar”.